sábado, 7 de junho de 2008

Imagem idiota do dia



É. Talvez não seja mesmo tão idiota. =D

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Pede pra sair, zero à esquerda!



Ah, eu me divirto.

Engraçado. É a primeira vez que falo do Tropa de Elite neste blog. Acho que a blogosfera INTEIRA já tocou no assunto.

O que eu acho do filme?

Tecnicamente é ótimo. A grande atuação de Wagner Moura dispensa comentários. Roteiro simples, porém competente. Não tem os rebuscamentos típicos dos filmes americanos. É um filme "cru", e a proposta é exatamente essa. Mostrar o Rio de Janeiro cru.
Praias? Cristo Redentor? Pôr-do-sol? Bondinho? Bundas estiradas na areia?
Não, isso não aparece durante UM segundo do filme. O Rio de Janeiro idílico, aquele que aparece nas novelas ou nas propagandas de agências de viagens, a Cidade Maravilhosa dá lugar à Cidade do Medo - o VERDADEIRO Rio de Janeiro, triste verdade seja dita. A linda cidade onde criancinhas são arrastadas até a morte, outras baleadas dentro de suas casas, onde alguns policiais morrem como cachorros e onde outros vendem sua dignidade a um preço certamente maior que o que valem.


Mas esse não é o maior mérito do filme.
O grande mérito de Tropa de Elite é VINGAR o povo carioca. Ao menos o povo carioca de bem. E quando me refiro às pessoas de bem, eu excluo tanto os bandidos quanto aqueles que os defendem, que ao menos para mim são tão bandidos quanto eles próprios. Portanto, dispenso comentários do tipo "ei, me exclua disso, esse filme me fez mal". Fez mal a você porque você não tem CORAÇÃO, você não se comove com as diárias brutalidades que acontecem nesta cidade. Você não tem coração, não tem caráter e por isso pra mim é difícil diferenciar você de qualquer outro bandido que efetivamente puxe o gatilho. Você é uma espécie de assassino passivo.

O diretor e diversos atores, certamente com medo de serem tachados de "fascistas", logo se apressaram em dizer que essa não era a visão que defendiam, que era uma crítica, que na verdade defendiam a legalização das drogas, blá blá blá. O rótulo de "fascista" está cada vez mais perigoso desde que criminosos políticos anistiados quando do advento da "democracia" brasileira passaram a dominar diversas áreas do poder, incluindo o governo propriamente dito e mesmo a mídia. Desagrade a essas pessoas pra ver o que acontece com você. Seja um fascista ou um "fascista" e encare as conseqüências.

Mas na verdade, pouco importa se eles são fascistas ou não. O dever deles já foi cumprido.
A ótica do filme pouco importa. Foram os fatos ali retratados que conquistaram o carioca, o brasileiro.

Vivemos reféns.

Reféns de leis que não refletem nossa vontade. Leis tolas, infantis e mesmo desrespeitosas.
"Ah, mas foi o POVO que colocou os legisladores lá". Povo? Ah, aquele mesmo composto por analfabetos funcionais, que vendem seu voto por asfalto, comida ou Bolsa Família? Ah, tá.

Reféns de bandidos. Bandidos por todos os lados.
Bandidos que criam leis, bandidos que as põem em prática. Bandidos no poder que se unem para nos roubar, nos pilhar, nos escravizar. Bandidos que criam leis pensando em quando e como irão passar por cima delas depois. Bandidos que subverteram o Estado em uma Máfia altamente organizada.
Bandidos que usam desculpas esfarrapadas como cor, origem humilde ou infância sofrida como uma pretensa justificativa para oprimir, ferir e matar covardemente trabalhadores que, na maioria das vezes, não levaram vida melhor mas escolheram vencer de maneira honesta. Bandidos que não têm pudor de usar armamento pesado nas nossas barbas, como se fossem os donos desta cidade.
Bandidos que legitimam as práticas dos dois tipos de bandidos citados acima. Bandidos que criam livros, artigos; manipulam a educação, viciam a mídia, tudo para defender outros bandidos. Bandidos que são lobos em peles de cordeiro. São a pior escória, o pior tipo de bandido.
O primeiro tipo de bandido é aquele que todos sabemos que é, mas fingimos não o ser realmente.
O segundo é aquele que todos sabemos que é, declaradamente.
O terceiro é um tipo travestido de gente honesta, o que faz deles os mais perigosos, os verdadeiros inimigos desta cidade e deste país.


O mérito do filme, o que faz o carioca sorrir, é ver os três tipos de bandidos acima colocados NO SEU DEVIDO LUGAR.


O primeiro tipo é o Estado.
Todos sabemos que a polícia do Rio de Janeiro é uma instituição corrupta e falida, e o filme escancara isso. Dá um prazer enorme ver todos aqueles policiais corruptos comendo o pão que o diabo amassou enquanto tentam ser admitidos no BOPE.
O segundo tipo é...bem, não preciso explicar. Qualquer pessoa que já tenha se revoltado ao ver um "bonde do mal" na rua, ao ter que se jogar no chão por ouvir tiros à noite, fica feliz ao ver esses safados levando bala, saco plástico na cabeça ou seja o que for - TUDO é pouco pra eles.
O terceiro...ah, que delícia. Universitários maconheiros, hipócritas de ONG, queimando no microondas.

É o sonho de qualquer carioca de bem. É esse o efeito do filme, essa catarse.
Intelectualóides de plantão ficam chocados. E eu digo a eles: FODAM-SE.

Ficam chocados porque não SABEM o que é o Rio.
Sim, mesmo os intelectualóides que são cariocas não sabem. Vivem isolados em seus mundinhos acadêmicos, louvando seus deuses juristas, sociólogos e antropólogos mas não encaram a realidade: ESTAMOS EM UMA GUERRA.

Dizia-se que o público estrangeiro (leia-se norte-americano e europeu) não engoliria tão facilmente a violência como o carioca aceitou. Pensei eu, "Ora, claro que não. Eles vivem no mundo da fantasia. Os filhos deles irão crescer, ilesos e saudáveis, e provavelmente eles nunca ouviram o som de um tiro sendo disparado. O que eles sabem?"

Acertei em parte.

Um crítico americano na Variety já saiu esculhambando o filme. Não me surpreendeu em nada, um individuozinho mimado (Foda-se, "ohh ele é um crítico fodão". Pra mim crítico de cinema e nada é a mesma coisa, arte não deveria ser algo a ser analisado por uma pretensa e esnobe "nata", arte deveria ser ao mesmo tempo universal e única, acessível a todos mas atingindo a cada pessoa de uma forma diferente) trazendo à tona novamente o velho rótulo de "fascista". Aliás, ultimamente chamar algo de "fascista" soa como elogio aos meus ouvidos - não que eu concorde com os verdadeiros ideais fascistas, mas a esquerda atual aprecia colar esse rótulo em tudo o que contraria seus valores mais arraigados e odiosos.

Pensei que ia continuar nessa até que o filme foi COROADO ganhando o Urso de Ouro em Berlim hoje.

Claro que o filme ganhou por méritos puramente técnicos. Mas...acho que é um alento.
Esse prêmio trará ainda maior projeção internacional a ele, e o MUNDO conhecerá nosso sofrimento.

Quem sabe assim o mundo passe a entender PORQUE a violência que soa tão repulsiva a um americano rico, fútil e alienado soa como música aos ouvidos do povo carioca. Talvez entendam o porque de termos endurecido. O povo feliz, hospitaleiro se tornou desconfiado e triste. Não, nós não nos tornamos. Nós fomos tornados.

Parabéns a todos os que participaram do filme. Parabéns ao Brasil. E tenhamos esperança.


(obs. 1: Babaquices ofensivas serão devidamente ignoradas. Sim, EU fui ofensiva, mas é o MEU blog e eu ofendo quem eu bem entender)
(obs. 2: Eu ia colocar mais uma observação mas esqueci o que era. Quando lembrar edito isso aqui.)












sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Eu te amo

É...blog saindo do hiatus.

Ontem foi o chamado "Valentine's Day"; tem gente que acha babaquice haver menção a esse dia no Brasil, uma vez que temos o nosso nacionalíssimo Dia dos Namorados em junho. Eu pessoalmente acho que tanto faz, quem ama fica bobo mesmo e quer mais é dar presente o tempo todo. Deixem os caras se amarem, ué. Chatos.

Mas fiquei pensando muito sobre o amor.
Eu acho que nunca amei. Ao menos acho que nunca vou amar ninguém.
O amor, conforme retratado em inúmeras obras da literatura, do cinema, da música, é algo "que tudo vence", algo que "tudo supera". É "incondicional", "inexplicável", "fogo que arde sem se ver", blá blá blá. Eu não consigo me imaginar gostando de alguém incondicionalmente. Imagina, eu tô com o cara e ele me chifra, me bate, me rouba, e eu lá babando, "ohh amorzinho". HÁ HÁ HÁ.

Aliás, por muito menos já puxei meu bonde.

Porém, é engraçado como eu novamente sou um peixe fora d'água nisso.
Todo mundo ama. O tempo todo. Ou, como considero mais provável, PENSAM que amam.
Uma certa pessoa conhecida minha terminou um namoro - daqueles namoros bem frescos, com direito a depoimento meloso no Orkut estilo "você é a azeitona da minha empadinha, você é a luz do meu viver, amor da minha vidaaa" - e na semana seguinte estava fazendo a MESMA coisa com um outro cara. Amor volúvel esse, não? Oh, sim, isso é um paradoxo. O amor não pode ser volúvel. Então ela não amou. =D

É algo que se torna cada vez mais freqüente entre os adolescentes*. O cara dá um beijo na boca e acha que descobriu sua alma-gêmea (argh, como odeio esse termo). Ou, pior, diz um "koeh, quer tc?" no msn e segundos depois diz que te ama! Eu, que nunca acreditei em amor à primeira vista, fico ainda mais pasma, chocada e horrorizada com esse..."amor sem vista". WTF é isso?!

Pior que isso só aquelas mulheres que depois de 3, 4 casamentos dizem que AMARAM cada um dos ex-maridos. Ah, tá. Isso que é sentimento "único", "insuperável", que você consegue sentir por vários homens sucessivamente na sua vida!

"Ah, vai dizer que você nunca fez isso". Fiz, claro. Todo mundo faz merda.
Já disse "eu te amo" sim, e - AHH - como me arrependo. Nunca mais farei isso. Se não tiver certeza, o cara pode olhar pra mim com aquela cara de peixe morto dizendo "ahh, eu te amo, você é tudo pra mim" e eu só vou responder, "ah, você é um doce" na melhor das hipóteses.
Melhor ser seca que mentir.

Sinceramente?
Sentimento "único" e "insuperável", pra mim, só de mãe pra filho (nem de filho pra mãe).
O amor, concebido como o "maior dos sentimentos", pra mim não existe. Você não vai amar ninguém pra sempre se essa pessoa pisar nos seus maiores valores e sonhos, se maltratar pessoas que importam pra você. A mãe, de fato, é capaz de continuar amando mesmo maltratada, mas pra mim se não for mãe o que há é estagnação, relações de conveniência, dependência, medo. Nada nobre como o amor.

"Ahh, mas até a Creuza fazer aquilo comigo eu a amava". Não amava porcaria nenhuma. Se amasse tinha perdoado. E falo de perdoar MESMO, não ficar com a pessoa remoendo mágoas e jogando na cara a cada briga, como 99% dos casais fazem - e ainda têm a pachorra de dizer que se amam.

Quem está lendo isso provavelmente está pensando: "que mal-amada".
Sou mesmo. E você também é. Só que eu sei que sou e você não sabe que é. =D

Parem de procurar por príncipes e princesas encantadas porque só existem sapos.
Se acharem um plebeu gente boa, que esteja disposto a te respeitar, tenha bom humor e te trate como a Cinderela, já está de bom tamanho.

E que seja eterno enquanto dure.




* Quando me refiro a adolescentes me refiro a qualquer pessoa com mentalidade adolescente. Incluam-se aí burros velhos de 30 que agem assim e excluam-se pessoas de 14 que são centradas o suficiente para reconhecer esse tipo de tosqueira e não fazer.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Ano novo...grande merda.



É. 2008 chegou.

E o sol continua brilhando igual, eu continuo gorda e pobre, os morros continuam repletos de bandidos, o PT continua roubando...enfim, tá tudo a mesma merda.

A única coisa que mudou é que o blog saiu do hiatus. Só tenho mais uma prova, na segunda-feira, e então terei tempo de me dedicar TOTALMENTE a vocês. Que emoção, não?
Ah, e tem mais uma coisa que vai mudar. Em julho, faço 24 anos. Imaginem a minha felicidade.

Mas enfim...
Penei pra encontrar um assunto, e acho que desta vez vou falar de homens e crianças.

Por quê?
Simples. Foram esses dois os grandes assuntos do meu dia.

Existe na minha família um problema, um homem que está dando trabalho como uma criança. Não sabemos mais o que fazer com ele. Mas a questão é que em um momento como esse, de tensão familiar, grandes verdades que ficaram entaladas na garganta vêm à tona. E minha mãe comentava comigo sobre como essa pessoa era uma criança mimada, e sobre como ele se tornou
um homem mimado.
É curiosa a coincidência. Estava eu, hoje, no cabelereiro, conversando com a Lane, a adorável pessoa que cuida das minhas madeixas multicolores, e estávamos conversando sobre homens.
Ela perguntou se eu já havia conseguido um namorado. Sim, adivinhem, essa foi mais uma coisa que não mudou em 2008 - continuo solteirinha da silva.
Respondi a ela que não, e que estava muito bem com isso pois estava cansada de homens imaturos.

Isso merece mais um dos meus famosos parênteses...
Sabem o que é um homem imaturo? É aquele que esperneia quando os pais dão um computador e ele não agrada (isso porque o marmanjo tem mais de 20), é aquele que anda no shopping te pedindo guloseimas como se tivesse 5 anos de idade. Sim, eu já passei por isso.

Voltando ao assunto...
Já perceberam como, nos tempos de hoje, há excesso de homens-crianças?
Não, isso não acontece com as mulheres, antes que um engraçadinho venha falar. Com as mulheres acontece o problema contrário, são pirralhas que ao descobrir que, sentadas no vaso sanitário, conseguem pôr os pés no chão, acham que viraram sex machines, que podem dar mais que chuchu na feira.
No caso dos homens, não. Você acha aos montes criaturas de 20 anos que se comportam como se tivessem 12. E pior que isso, criaturas de 30 que se comportam como se tivessem 18.
Isso está beirando as raias do absurdo. Essa época do verão, no subúrbio, é uma tristeza: por onde eu vá, acho burros velhos empinando pipa. Com cerol, claro. E, claro, gritando "avoou" o tempo todo.
O problema em si não é empinar pipa. O problema-mor é que eles se misturam às crianças, fica aquele carnaval sem pé nem cabeça, e a maioria deles não faz mais NADA de realmente útil o dia todo, só empinar a porcaria das pipas. Mulher em casa? Filhos? Trabalho? Estudo? Ah, não, tem a pipa, que é mais importante! Ihhh, AVOOU!

Isso pode parecer tragicômico, mas em outras situações não é tão engraçado assim.
Quando anjinhos cuti-cuti de 20 e lá vai fumaça resolvem espancar empregadas e seus pais os defendem alegando imaturidade ou a tenra idade dos menininhos, a gente começa a ter consciência do ponto a que isso está chegando.

Mas sei lá. Fico eu, aqui, contemplando a porta do jardim de infância, esperando que dele saia alguém decente. Para nunca mais entrar.